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30 de setembro de 2025

Gehl Architects vai transformar Florianópolis inspirando-se em Copenhague e Nova York

A atuação da Gehl Architects em Florianópolis marca um novo capítulo no planejamento urbano da nossa capital, com foco em mobilidade ativa, espaços públicos de qualidade e visão sustentável para os próximos 50 anos.

A presença do renomado escritório dinamarquês, liderado pelo urbanista Jan Gehl, promete remodelar profundamente a região central da cidade – da mesma forma como aconteceu com cidades como Copenhague, Nova York e Melbourne.

Quem é Jan Gehl e por que ele é uma referência mundial em urbanismo?

Antes de tudo, Jan Gehl é um dos nomes mais respeitados do urbanismo contemporâneo. A princípio, sua proposta é simples: devolver as cidades para as pessoas. No entanto, sua abordagem vai muito além do conceito estético. Acima de tudo, ele defende um urbanismo baseado na experiência humana – com calçadas largas, áreas de convivência, segurança para pedestres e ciclistas, e conexão com o meio ambiente urbano.

Desde já, vale lembrar que Gehl ganhou destaque nos anos 1960 ao transformar Copenhague, na Dinamarca, em uma cidade mais humana, segura e vibrante. Do mesmo modo, ele aplicou seus princípios em metrópoles globais como Nova York, São Francisco, Cidade do México, Sydney, Moscou e Buenos Aires.

Ou seja, trata-se de um profissional que une teoria, prática e resultados concretos – e que agora traz essa bagagem para pensar o futuro de Florianópolis.

O que a Gehl Architects vai fazer em Florianópolis?

Atualmente, Florianópolis vive um momento estratégico para reavaliar sua forma urbana. Com apoio da Associação Comercial de Florianópolis (Acif), da CDL e da própria prefeitura, a Gehl Architects conduzirá um estudo urbano profundo com foco na região central da cidade.

Nesse sentido, o plano é ambicioso: criar um projeto com horizonte de 50 anos, mirando a capital catarinense que surgirá até o aniversário de 400 anos da cidade, em 2076. Logo, não se trata de uma simples revitalização. É um redesenho de longo prazo, baseado em dados socioeconômicos, históricos e cartográficos.

Além disso, o projeto contará com o suporte do recém-criado Laboratório de Urbanismo e Arquitetura, que fornecerá insumos técnicos, mapas, indicadores e insights locais para subsidiar as decisões estratégicas do time dinamarquês.

Como as experiências em Copenhague e Nova York podem inspirar Florianópolis?

A transformação urbana realizada pela Gehl Architects em Copenhague é referência mundial. Antes dominada por carros, a cidade se tornou uma metrópole voltada às pessoas. Ciclovias seguras, ruas exclusivas para pedestres e praças acolhedoras redefiniram a qualidade de vida dos cidadãos.

Em Nova York, por exemplo, o escritório teve participação essencial na conversão da famosa Times Square em uma área prioritariamente voltada aos pedestres. Consequentemente, houve aumento de fluxo comercial, redução de acidentes e melhoria na percepção de segurança.

Do mesmo modo, Florianópolis poderá aproveitar lições valiosas desses projetos. Com isso, será possível reorganizar os fluxos viários, estimular o transporte ativo, dar protagonismo às pessoas nas ruas e potencializar o uso de espaços públicos de maneira estratégica e sustentável.

Quais os impactos esperados para a mobilidade urbana de Florianópolis?

Como resultado das diretrizes propostas pela Gehl Architects, espera-se uma transformação gradual mas efetiva na mobilidade urbana de Florianópolis. Atualmente, a cidade enfrenta gargalos de trânsito, falta de infraestrutura para ciclistas e pedestres e desorganização no uso do solo central.

Por isso, o foco está na mobilidade ativa: caminhar, pedalar e usar transporte coletivo de forma segura, integrada e funcional. Assim, será possível reduzir a dependência do automóvel, promover a saúde pública e fortalecer a economia local por meio da valorização do comércio de rua.

Além disso, melhorias na acessibilidade urbana tendem a tornar o centro mais inclusivo para diferentes perfis de cidadãos – desde idosos até pessoas com deficiência.

Quais são os diferenciais do método Gehl?

Em primeiro lugar, o método Gehl se destaca pela atenção ao comportamento humano. Em vez de projetar cidades a partir de viadutos ou obras faraônicas, a abordagem parte da escala do pedestre. Ou seja, o foco é a experiência real de quem vive, trabalha ou transita por determinada área.

Analogamente ao que ocorre na Dinamarca, o projeto em Florianópolis começa com observação e coleta de dados reais – quantas pessoas caminham por determinados espaços, como interagem com os ambientes, quais rotas são mais usadas, onde há áreas subutilizadas, entre outros aspectos.

Posteriormente, a equipe elabora cenários com base em evidências, e não apenas intuições ou modismos. Isso garante projetos mais eficientes, personalizados e adaptáveis às características locais.

Qual o papel das entidades locais nesse processo?

Além do envolvimento técnico da Gehl Architects, o sucesso do projeto dependerá da articulação entre poder público, sociedade civil e setor produtivo. Felizmente, Florianópolis já deu um passo importante nesse sentido.

Tanto a Acif quanto a CDL estão financiando o projeto, demonstrando que há interesse direto dos lojistas e empresários na requalificação urbana. Afinal, um centro mais atrativo e acessível tende a gerar mais fluxo de pessoas e, consequentemente, mais oportunidades econômicas.

Ainda mais relevante é o papel do Laboratório de Urbanismo e Arquitetura, que atuará como ponte entre o conhecimento internacional e a realidade local. Com isso, será possível alinhar expectativas e garantir que as soluções sejam realistas, viáveis e eficientes.

O que a população pode esperar do novo plano urbano?

Em outras palavras, os cidadãos de Florianópolis podem esperar uma cidade mais equilibrada entre mobilidade, paisagem, inclusão social e vitalidade econômica. Um centro revitalizado, onde seja possível caminhar com segurança, descansar em uma praça confortável, acessar serviços com facilidade e conviver com outras pessoas em espaços bem planejados.

Sobretudo, esse redesenho representa uma chance única de projetar uma capital para as próximas gerações. Ao apostar em planejamento urbano com visão de longo prazo, Florianópolis se posiciona entre as cidades brasileiras mais inovadoras e resilientes.

Quais os próximos passos do projeto da Gehl Architects em Florianópolis?

Imediatamente após o início dos trabalhos, a equipe da Gehl Architects irá realizar visitas técnicas, oficinas participativas, estudos cartográficos e entrevistas com moradores. Essa fase será fundamental para compreender os desafios e oportunidades da área central.

Depois disso, virá a etapa de análise dos dados e formulação de propostas. Então, serão definidos os eixos prioritários de intervenção, com sugestões concretas para transformar ruas, calçadas, áreas verdes e zonas comerciais.

Eventualmente, o plano poderá servir como modelo para outras regiões da cidade e até mesmo para outros municípios do Brasil.

Concluindo,

Por fim, a chegada da Gehl Architects a Florianópolis representa um marco histórico para o urbanismo brasileiro. A colaboração com Jan Gehl e sua equipe oferece uma oportunidade real de reimaginar a cidade com foco em pessoas, mobilidade ativa, espaços públicos de qualidade e sustentabilidade.

Ou seja, trata-se de um projeto que não apenas revitaliza uma área central, mas redefine a forma como as cidades brasileiras podem ser planejadas no século XXI.

Portanto, ao apostar na expertise de uma das maiores referências mundiais em urbanismo, Florianópolis dá um passo firme rumo a um futuro mais humano, inteligente e inspirador.

Saiba mais em: https://www.gehlpeople.com/

Categoria: Luxury Blog
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