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15 de maio de 2024

De Vancouver para Florianópolis: Regina Landim Noppe

Convidamos Regina Landim Noppe para um bate-papo sobre sua jornada e sua paixão por Florianópolis. A história de Regina é inspiradora. Entenda como uma paixão por culturas diferentes e um desejo inabalável de conectar o mundo pode transformar vidas.

Uma empresária global à frente da Dream2B, que desempenha um papel crucial ao conectar startups brasileiras com oportunidades internacionais no Canadá. Desde 2015, levou mais de 50 Startups para Internacionalização. Esta jornada, que começou na zona leste de São Paulo e a levou a Vancouver, culminou em uma decisão de residir em Florianópolis, onde já vive há 10 anos.

1. Conte-nos sobre a sua jornada como empresária global. Como você se apaixonou por essa missão?

Eu sempre fui fascinada por culturas diferentes e em como ao mesmo tempo, parecemos tão diferentes. Porém no fundo somos todos iguais com os mesmos anseios e sonhos. Ou seja, por esse motivo decidi estudar comércio exterior, para cada vez conectar o mundo. Também tive a oportunidade de morar fora do país, que sempre foi um sonho muito distante para mim.

Depois de ter tido essa experiência e ter retornado para o Brasil – a princípio temporariamente – decidi compartilhar um pouco do que experienciei não só no Canadá, mas globalmente, com os empreendedores brasileiros. Dessa forma, os ajudando a usufruir de oportunidades de negócios que as vezes não são tão nítidas ainda para muitos. 

2. Conte-nos sobre a sua experiência de Internacionalizar a Startup Data H.

É um prazer imenso quando podemos fazer parte da história de sucesso de alguém. Nesse caso, em primeiro lugar, ter sido quem mostrou essa oportunidade e abriu as primeiras portas para a empresa Data H no Canadá. Uma empresa que ajuda empresas a transformarem dados em novas oportunidades, com Inteligência Artificial.

E em segundo lugar, principalmente quando podemos impactar ali a vida de uma família e sua árvore genealógica. Ou seja, criando novas possibilidades para todos.

Ajudar a realizar sonhos é sobre isso para mim: impactar positivamente a vida das pessoas.

3. De onde você vem e quais experiências internacionais moldaram a mulher visionária que você é hoje?

Eu nasci na zona leste de São Paulo, capital. Ninguém da minha família até então tinha tido nenhuma experiência internacional. Dessa forma, tive uma ótima infância e venho de uma família humilde com uma mãe semi-analfabeta, porém, que sempre me apoiou. Estudei em escolas públicas. Sempre sonhei em morar fora. Quando criança, ficava passando trote nos orelhões fingindo que estava falando em inglês. Aos 11 anos implorei para minha mãe me matricular em um curso de inglês e mesmo com limitações financeiras, comecei minha jornada.

Bem como, na época da faculdade convenci duas amigas, que nem sabiam do que se tratava o curso de Comércio Exterior a se juntarem a mim. Uma delas sempre dizia que eu vendia sonhos. Com essa mania de sempre pensar em outros países. Não sei bem de onde vem, porém acho que já nasci com essa visão global. Sempre olhando além, com esse desejo de conhecer e vivenciar outras culturas e conectar a todos.

Tomei ainda mais gosto quando estagiei na ABB, uma multinacional Suíça/Sueca. Até hoje digo que foi a melhor escola da vida que poderia ter tido. Eles já estavam presentes em 140 países na época e finalmente respirar o que todas essas mentes globais traziam, fez com que tudo fizesse sentido para mim.

Logo na sequência em 2001 tive a oportunidade, com o que juntei durante o meu estágio e com a ajuda de alguns parentes próximos, de fazer meu primeiro intercâmbio para o Canadá. Daí em diante não parei mais, inclusive anos depois morando no Canadá por 10 anos e me tornando cidadã canadense.

4. Qual é a sua visão sobre o futuro da tecnologia e da Inteligência Artificial atualmente?

Estou bem otimista com o impacto positivo que podemos ter com a inovação da Inteligência Artificial. Se soubermos utilizar essa tecnologia, ela poderá colaborar para que tenhamos mais tempo fazendo coisas que realmente importam no nosso dia-a-dia. Ou seja, vejo a AI também como a sua assistente pessoal. E se soubermos lidar com ela bem, todos ganhamos. Bem como, os avanços em diagnósticos de doenças me deixam muito esperançosa.

5. O que te encantou em Florianópolis e te fez escolher essa cidade paradisíaca como lar há alguns anos?

Eu prezo muito a qualidade de vida, ainda mais depois de ter experienciado o que é viver próximo da natureza durante muitos anos em Vancouver, no Canadá. Resolvemos voltar para o Brasil, pois queria ficar mais próximo da minha família (apesar de estarem todos em São Paulo). E dar essa oportunidade para a minha filha, de vivenciar a minha terra natal.

Eu já era apaixonada por Floripa! E quando passei a ter minha própria empresa, que não exigia que eu tivesse escritório nos grandes centros, foi uma conclusão instantânea! Dessa forma, decidimos nos mudar e em uma semana já estávamos com tudo arranjado por aqui.

6. Como é a experiência de criar sua filha aqui em Floripa, próxima da natureza?

Eu não consigo ver de outra forma quando penso no que gostaria de proporcionar para ela. Ou seja, qualidade de vida para mim está diretamente ligada ao contato com a natureza, dentre outros valores é claro; se torna algo essencial nessa etapa da vida.

Além de toda a segurança que temos também, é incomparável com certas cidades no Brasil. Ainda mais depois de ter tido o gostinho de morar em um país que preza muito pela qualidade de vida, como o Canadá.

7. Qual é a sua parte favorita de morar aqui em Florianópolis?

Para mim é um pouco nostálgico. É como se eu pudesse estar ainda com as paisagens das montanhas do Canadá, junto do mar ao mesmo tempo. Adoro essa atmosfera de cidade praiana, ao mesmo tempo, de alguns vilarejos aqui, ao qual parecem que voltamos no tempo. Com a modernidade ao mesmo tempo batendo à sua porta, sem a mesma sensação de ansiedade, estresse e loucura de uma capital por exemplo.

8. Como Florianópolis se destaca em termos de qualidade de vida em comparação com outras cidades que você já viveu?

Tirando o trânsito, que já poderia ter sido ajustado com algumas melhorias, como a inserção de City Boats e Ferries, penso eu. Todo o restante funciona muito bem! A sensação de segurança e tranquilidade realmente existem de verdade por aqui. E é incrível.

9. Como você concilia carreira global com a vida pessoal, em Florianópolis?

Prioridades! Acho que da mesma forma que temos que comer todo dia, trabalhar todo dia, deveríamos ter que classificar da mesma forma nosso bem-estar e saúde mental. Não existe carreira seja ela local ou global, ou ainda, qualquer tipo de objetivo que você tenha, se você não estiver bem consigo mesmo. Se você não tentar estar presente e aproveitar o dia-a-dia.

Conheço pessoas que parecem ter tudo e na verdade não tem nada. Pois não sabem apreciar um simples pôr-do-sol. Bem como, uma boa caminhada na praia. Enfim, os pequenos grandes prazeres diários de se estar vivo.

10. Quais são seus lugares favoritos em Florianópolis para relaxar, conectar-se com a natureza e recarregar as energias?

Eu adoro a ponta do Sambaqui! Parece que tem o poder de me transportar para outras dimensões. A Costa da Lagoa da Conceição e a Praia do Moçambique também tem uma energia muito especial, na minha opinião.

11. Indique bairros que você recomendaria para seus amigos, conhecidos e colegas de profissão. Considerando seus estilos de vida e necessidades, caso desejem se mudar para Florianópolis.

Tem pra todo mundo! Meus conterrâneos de Sampa, ainda acostumados com a correia eu diria: Santa Mônica e Trindade.

Santo Antônio de Lisboa e Cacupé para os que tem novas famílias, ou que, curtem a natureza e apreciam uma excelente gastronomia.

O Novo Campeche para os meus conhecidos da Faria Lima, que gostam de pegar uma boa praia.

12. Para quem está pensando em se mudar para Florianópolis, quais dicas valiosas você daria para facilitar a adaptação à cidade?

Eu só diria que: se sempre teve vontade de morar perto do paraíso que venha! E com o coração aberto. Sem ficar fazendo comparativos com as outras cidades e com os costumes locais. Se permita realmente experienciar toda essa natureza exuberante que nos é presenteada diariamente.

13. Como foi o processo de adaptação à cultura e ao estilo de vida de Florianópolis?

Eu já tinha passado por um processo no Canadá, portanto, acho que já vim bem desconstruída para cá. Aqui cada bairro tem as suas peculiaridades.

No Sambaqui, todo mundo conhece todo mundo. É lindo de se ver. As senhorinhas ainda se unem nos casarões para conversar e manter a tradição fazendo renda de bilro. E é muito engraçado, que a fofoca rola solta, haha! Me lembra de quando era adolescente em São Paulo e tínhamos que ficar mais reservadas com alguns assuntos, para não virar assunto depois. Hahaha!

14. O que você mais admira nas pessoas que vivem aqui na cidade?

Hoje Floripa é uma cidade com gente de todos os lugares não só do Brasil, como de todo o mundo. Então, gosto muito disso dessa vibe multicultural. Onde cada um se respeita, e principalmente respeitando toda essa natureza.

15. Quais são os seus costumes e tradições favoritos de Florianópolis?

Eu costumo ver o pôr-do-sol quase todo dia quando estou por aqui. Adoro andar de bike também e faço questão de parar e conversar com alguns vizinhos. Principalmente os moradores nativos, mais antigos. Bem como, os pescadores, que sempre tem alguma história sobre a ilha que ainda não sabemos.

16. Qual momento marcante que você viveu em Florianópolis que te deixou com a sensação de “Uau, essa cidade é realmente mágica!”.

Toda vez que viajo e na volta o avião está sobrevoando a ilha. Eu ainda tenho que me beliscar e dizer que o sonho é real. Bem como, a cada pôr-do-sol deslumbrante, especialmente os que temos agora no outono – é todo dia uma obra de arte diferente.

17. Como a sua experiência de vida aqui em Florianópolis te transforma como pessoa?

Cada vez mais está alinhando com o meu propósito de estar mais presente no momento presente. De ser grata pelas coisas mais simples que o universo nos proporciona. Respirar, meditar e ser mais humana.

18. Experiências incríveis que você teve em outros lugares aqui próximos da região?

Todos os arredores são maravilhosos. Eu adoro fazer trilhas, em especial a de Soldados de Sebold. Bem como, acampar na Praia Grande e na Região Serrana de Urubici.

19. Qual é o futuro ideal para Florianópolis? Quais as expectativas para o desenvolvimento da cidade nos próximos anos?

Eu espero que conservem essa natureza exuberante, mesmo com todo desenvolvimento que ainda veremos acontecer por todos os lados por aqui. Que obviamente, serão muito bem-vindos. Também, que invistam em maneiras de transportes mais sustentáveis.

20. Se você pudesse levar qualquer pessoa para conhecer Florianópolis, quem seria e por quê?

A minha vozinha Nicinha, que infelizmente partiu sem poder conhecer uma praia. Adoraria poder levar ela em todos os meus cantinhos favoritos aqui nessa ilha da magia.

Uma mensagem para nossos leitores que estão pensando em se mudar para Florianópolis?

Essa ilha realmente é mágica! Eu vim de Vancouver para morar aqui. Com a intenção de ficar por 3 anos e estou há 10.

Cada vez mais apaixonada por Floripa! ❤️

Categoria: Floripa, Luxury Blog
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